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21. SENTIMENTOS DIANTE DO MAR

CAPÍTULO VINTE E UM
sentimentos diante do mar

POV PERCY

ESTÁVAMOS NA PRAIA de Santa Mônica graças ao táxi Hermes dirigido por ele mesmo.

Tenho que admitir que não foi a minha melhor viagem, é que estava distraído.

Mas no final quando consegui sair do estacionamento fomos transportados para cá.

O Pacífico estava ficando dourado conforme o sol se punha, pensei em todo o tempo que se passou desde que Asteria e eu estávamos em Montauk, no lado oposto do mundo, olhando para um oceano diferente.

Nós quatro caminhamos até a beira das ondas.

— E agora? — Grover me pergunta.

Volto logo, querida. — falei para minha irmã dando um beijo em sua testa e entrei nas ondas.

— Percy? O que você está fazendo? — Annabeth pergunta. — Você sabe quantas quantidades tóxicas existem...

E mergulho minha cabeça na água.

Prendi a respiração no início, é difícil inalar água quando você faz isso intencionalmente. Finalmente, eu não aguentava mais. Exclamei, de fato, eu conseguia respirar normalmente.

Eu estava nadando quando vi algo brilhando, ficando maior e mais próximo de mim, uma voz de mulher como a da minha mãe me chamou. — Percy Jackson.

Aquela mulher falou comigo, descobri que ela era um espírito do mar chamado Nereida, ela falou comigo mas só conseguiu me confundir.

No final ela me fez estender a mão dando-lhe algumas pérolas, eram quatro e agora estavam na minha mão.

— Adeus, jovem herói. — ela me disse antes de desaparecer como um borrão verde.

Por um momento pensei em segui-la, mas sabia que Asteria ainda estava me esperando lá em cima, então chutei e saí da água em direção à margem.

Quando saí, minhas roupas secaram instantaneamente, contei a Annabeth e Grover o que havia acontecido e as pérolas, embora tenha percebido que não vi minha irmã com eles.

— E minha irmã? — perguntei e Grover apontou para o lado onde vimos minha irmã sentada na margem.

— Já faz um tempo. — Annabeth responde.

— Ela se aproximou do mar e tentou chutá-lo, mas o mar abriu e depois voltou ao normal. — Grover esclarece, suspirando. — Então ela sentou lá e não se moveu.

— Vou falar com ela. — digo e os dois me olham preocupados. — Sei que temos isso, mas até falar com ela não iremos embora.

Ambos assentiram e eu me aproximei, toquei no ombro da minha irmã e ela se virou e eu apareci do outro lado sorrindo para ela.

Ela olhou para mim mais com uma careta do que com um sorriso e eu me sentei ao lado dela.

Ela ainda estava olhando para o mar quando se aninhou em mim. — Percy... Você acha que o papai me ama?

Olhei para ela um tanto confuso com sua pergunta. — Sim, claro que ama. — tentei consolá-la acariciando seu braço.

É que... Ele nunca quis falar comigo. — ela me diz. — Às vezes sinto que ele não é realmente meu pai... Não sei, não tenho vontade um pai.

Olhei para minha irmã com uma expressão mais séria, mamãe sempre cuidou de nós e nunca havíamos precisado de mais ninguém, tínhamos nós três mas posso entendê-la.

Eu também acreditei que meu pai não me amava no começo e por isso ele me abandonou.

Me sinto mal, peixinho, tudo isso está me levando a pior... Por um momento tive vontade de ficar com o Nico ali naquele lugar. — ela me diz e vejo como seus olhos se cristalizam. — Tenho saudades da mamãe, e da piscina com o Sr. O'Brien, até da escola, embora não gostasse de estar lá com aquelas crianças que...

Elas mexeram com você? — pergunto e começo a sentir um sentimento de ódio e raiva correndo em minhas veias.

Ela não disse nada, apenas assentiu e isso me deu a minha resposta.

Disseram que eu era uma esquisita, e quando eu acidentalmente disse isso como quando você jogou aquela garota fora, eu fiquei com medo e corri até não aguentar mais. — ela me diz e eu olho um pouco para ela preocupado porque eu não sabia nada sobre isso.

Quando tudo isso aconteceu? — eu pergunto e ela olha para mim e vejo que as lágrimas estão começando a sair e eu gentilmente as enxugo.

No dia que você visitou o museu, não foi mentira que eu senti sua falta. — a Sra. Dods me contou e eu me lembro daquele dia, eu jogando Nancy na fonte. — Mas uma garota puxou meu cabelo e estávamos no banheiro e eu fiquei com raiva e o banheiro explodiu jogando água nas meninas, fiquei com muito medo e corri e só tinha um lugar que eu queria estar naquele momento... Com você.

E por que você não me contou então? — eu pergunto e ela me olha novamente pelo que entendi

Tudo isso aconteceu. — ela responde, afundando ainda mais em meu peito e me abraçando com força.

Passei minha mão em seus cabelos acariciando-o e dei um beijo em sua cabeça, não sabia o que dizer fiquei em estado de choque.

Me senti muito mal por não ter conhecimento de nada, por não ter percebido antes.

— Leia meus lábios, minha pequena sereia. — digo, agarrando gentilmente seu rosto com minhas mãos. — Você é a melhor garota que este mundo já teve, nosso pai pode ser um completo idiota, mas há algo que eu agradeça a ele por...

O que? — ela me pergunta com lágrimas e sorriu.

Que você nasceu, porque mudou minha vida para sempre. — digo a ela e começo a sentir meus olhos se cristalizarem. — Sem você, pequena, eu estaria perdido na escuridão, você é aquela luz que me guia e me incentiva a lutar, eu te amo demais, pequena sereia, mais que tudo nesse universo e se alguém se atrever a se aproximar de você... — faço uma pausa tentando suavizar minhas palavras. — Bem, vamos apenas dizer que a mesma coisa acontecerá com eles como Medusa.

Eu te amo demais, peixinho. — ela se agarra no meu pescoço me abraçando e eu a abraço de volta com a mesma força.

Eu posso sentir algumas lágrimas caindo dos meus olhos também.

Eu prometo a você que quando tudo acabar eu vou te tirar daquela escola e... Nós três iremos juntos. — digo tentando enxugar os restos de lágrimas e ela coloca as mãos meu rosto em cada lado da minha boca e levanta um pouco as bordas dos meus lábios.

Eu quero que você sorria. — ela me diz e agora eu rio do comentário dela.

Eu sorri, se você sorrir, pequenina. — eu disse a ela. — Vem aqui.

Nós nos abraçamos novamente e eu a levantei em meus braços, me aproximando dos outros.

— Vamos pegar aquele raio idiota antes que eu mude de ideia. — digo a eles e os dois me olham confusos.

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